Com as mãos na terra e mudas prontas para o plantio, os participantes do quatro encontro do percurso formativo, realizado pela Coordenadoria de Segurança Alimentar, da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), receberam orientações e informações sobre os aspectos culturais e sociais de segurança alimentar, utilizando das hortas comunitárias como ferramenta para o fortalecimento de vínculos no trabalho social com as famílias do município. A ação, realizada na manhã de hoje, sexta-feira, dia 27/10, na Casa do Hip Hop, integrou a programação da Semana Agroecológica Piracicaba Orgânica (Sapo).

Durante a atividade com as equipes do Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Famílias (PAIF), Karine Faleiros, engenheira florestal e coordenadora do Corredor Caipira e Cau Palavicini Gallard, estagiária do Corredor Caipira abordaram assuntos relacionados à produção agrícola bem estabelecida, autonomia produtiva, acesso aos alimentos produzidos, geração de renda e emprego; além da insegurança alimentar e a fome, como um direito que não pode estar abaixo de interesses econômicos.

Logo após, os participantes foram convidados a conhecer a horta-escola da Casa do Hip Hop, projeto que propicia atividades educativas a frequentadores da associação, escolas, universidades e movimentos sociais. No local foram realizadas duas oficinas, uma de plantio e outra, de produção de temperos secos.

Os encontros do percurso têm o objetivo de nivelar conceitos sobre a segurança alimentar no município e iniciar um processo de sensibilização, vivências, troca de conhecimentos intersetoriais e como resultado da ação, gerar, de forma conjunta, formulário para diagnóstico de situação de segurança alimentar junto às equipes da Assistência Social.

Savana Fernandes, da Coordenadoria de Segurança Alimentar, explica que o percurso é uma ação voltada aos servidores da Assistência Social mas, com a parceria na Sapo, passou a ser expandida a outros públicos. “É um momento de muito aprendizado e articulação entre as políticas; contamos com a participação de membros da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar – Caisan, técnicos da Assistência Social e da Coordenadoria de Programas de Alimentação e Nutrição, ligada à Saúde, entre outras representações. Precisamos apoiar a formulação de políticas públicas que favoreçam a construção de um modelo, que leve em conta a sustentabilidade e contribua para o desenvolvimento econômico, em consonância com o direito humano à alimentação adequada”, disse.

Na oportunidade, representantes do movimento Tô Aqui e da Comunidade Pereirinha apresentaram uma proposta de trabalho de segurança alimentar, em parceria com as comunidades de Piracicaba. “O Tô Aqui me permitiu enxergar a importância de um trabalho que achava não ter valor, como o conhecimento sobre o plantio de alimentos. Hoje, por exemplo, nós temos uma horta em nossa comunidade e tudo o que é produzido nos serve de complemento na alimentação”, contou Maria Aparecida dos Santos Silva.

A programação do percurso formativo será finalizada na sexta-feira, dia 17/11, com ação que reunirá técnicos da PAIF e PAEFI, além de representantes da Secretaria Municipal de Agricultura (Sema).